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Restauração de Edifícios e Utilizações – Rosa Sobral Arquitetos

Com o tempo, envelhecemos, tal como os edifícios existentes que nos rodeiam.

A fim de manter viva a nossa história, é essencial não eliminar estas construções ou apagar a sua função e significado na nossa vida quotidiana.

A integração de elementos de interior antigos e novos em projetos de restauração.

Cada vez mais se pede aos arquitetos que restaurem os edifícios e espaços antigos nos centros históricos das nossas cidades.

Sempre que visito um projeto de restauração pela primeira vez, o meu objetivo é sempre combinar os conhecimentos e a experiência que adquiri de antigos projetos de reabilitação com o desejo de manter os elementos e qualidades espaciais do passado, apesar de todos os obstáculos técnicos e regulamentares.

Por outro lado, é crucial saber como integrar os valores e os avanços tecnológicos da arquitetura contemporânea em projetos de renovação. Isto significa que é necessário adaptar novas técnicas e, ao mesmo tempo, aprofundar a lógica da construção original.

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No entanto, em geral, o ensino e os regulamentos de construção têm sido dirigidos principalmente para novos edifícios. Esta deficiência em termos de formação de técnicos para compreender o comportamento dos edifícios antigos, juntamente com a falta de uma cultura de salvaguarda do património construído, resultou na inevitável degradação ou demolição de edifícios antigos.

Felizmente, estamos a melhorar na nossa consciência da importância de preservar o património cultural que muitos destes edifícios representam e, de facto, estamos a adotar uma visão mais integrada de como eles podem ser restaurados para uso contemporâneo sem perder o seu carácter original.

Até agora, era prática normal que um novo edifício aparecesse “camuflado” atrás da fachada de um edifício antigo, depois de o seu interior ter sido estripado.

E mesmo quando havia a preocupação de manter o edifício existente, a intervenção era concebida através da adaptação dos conhecimentos e regulamentos desenvolvidos para novas construções, o que muitas vezes levava a intervenções excessivamente intrusivas e dispendiosas.

Para ultrapassar estas restrições, em Portugal foi estabelecido um novo sistema constituído por princípios fundamentais que regem todas as obras em edifícios antigos, de modo a assegurar:

“A melhor articulação possível entre o desempenho dos edifícios, dadas as atuais expectativas de conforto e segurança, e a proteção e valorização dos edifícios, a sustentabilidade ambiental, e a melhoria proporcional e progressiva, para cada uma das áreas técnicas”.

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Problemas práticos como o desempenho acústico e térmico, acessibilidade, segurança contra incêndios e sustentabilidade são tidas em conta, juntamente com a quantidade mínima possível de construção.

No campo do desempenho térmico e acústico, utilizamos materiais no interior das paredes da laje que não alteram a imagem do edifício.

O novo sistema procura conciliar a gestão racional da eficiência energética e criar as condições adequadas nos projetos de restauração, especialmente no que diz respeito à proteção e valorização do que existia originalmente, bem como à sustentabilidade ambiental, e à melhoria proporcional e progressiva.

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Além disso, a nova regulamentação aborda os acessos aos edifícios, que até agora não tinham um quadro legal adequado, bem como estabelece métodos que permitem aos urbanistas e às autoridades de licenciamento fazer pleno uso de medidas de segurança contra incêndios flexíveis e proporcionais.

Questões práticas como o desempenho acústico e térmico, acessibilidade, segurança contra incêndios e sustentabilidade são tidas em conta, juntamente com a quantidade mínima possível de construção.

No campo do desempenho térmico e acústico, utilizamos materiais no interior das paredes da laje que não alteram a imagem do edifício.

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Quanto à materialidade, tem sido feita uma grande quantidade de investigação sobre materiais interiores sustentáveis com uma variedade de imagens e possibilidades de adaptação, uma vez que a maior parte do tempo os elementos existentes estão tão degradados que não podem ser restaurados.

Por exemplo, existe agora uma vasta gama de desenhos de cornijas de gesso que estão disponíveis, bem como novas madeiras modificadas de produção sustentável que são muito resistentes e duráveis para utilização em tetos com cimbres de madeira. Desta forma, conseguimos integrar as ideias e características originais dos interiores nos novos projetos.

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Os regulamentos internacionais mais recentes abordam agora a restauração de edifícios existentes com o mesmo detalhe e significado que as novas construções.

Isto é de grande importância para os designers apaixonados pela restauração, porque significa que temos um futuro brilhante pela frente para a reabilitação de espaços para novos usos e experiências, mas não obliterando o passado, antes adaptando-o à vida e materiais contemporâneos.

Link para publicação original: rocagallery.com

Imagem Principal: Batalha Building Restoration, Porto, Rosa Sobral Arquitectos, 2016.

Outras imagens: Igor Martins e Pedro Castro

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Sobre

O meu nome é Rosa Sobral e nasci em Viseu em 1985. Aos 16 anos, mudei-me para o Porto, onde completei o ensino secundário e o Mestrado em Arquitetura pela FAAULP (Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada do Porto).

A minha experiência profissional teve início durante o último ano académico (2007), num escritório sediado em Vila Nova de Gaia, no qual trabalhei durante quatro anos.

Em 2011, após adquirida alguma experiência e angariada uma carteira de clientes considerável, abri o meu próprio atelier, centrando a minha missão no desenvolvimento de projetos de arquitetura e arquitetura de interiores.

Com projetos de habitação, hotelaria, comércio e serviços no meu portfolio, dou especial destaque ao cliente e ao projeto como um todo, fazendo o desenho integral da obra.

A complexidade da simplicidade da minha personalidade transparece nas obras que desenho. A subtileza e elegância são o mote para uma arquitetura com personalidade vincada.

O gosto pelo desafio e pelas oportunidades fez-me também, desde 2015, ser Co-fundadora de uma empresa de gestão de arrendamento turístico, a ORM, onde em alguns apartamentos estão bem vincados a minha personalidade e o traço da minha obra.

Aqui pode consultar o nosso blog onde pode encontrar projetos inspiradores tanto do nosso colectivo como de gabinetes que admiramos e fazemos gosto em partilhar.

Além disso poderá informar-se acerca de métodos, burocracia e serviços que poderemos fornecer para facilitar a criação do seu novo projeto de arquitetura e interiores.

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